
Em 1866, a universidade de Fisk, em Nashville, foi aberta aos estudantes negros. Dali saíram os Fisk Jubilee Singers, o primeiro grupo que fez versões spirirtuals para shows. Os Fisk Jubilee Singers fizeram sua primeira turnê nacional em 1871, e o professor Henry Ward Beecher escreveu sobre sua apresentação em Nova Iorque: “se distinguem por executar os espirituais e os hinos das plantações que só podem ser cantados por quem sabe como seguir o compasso do chicote do amo”. O grupo realizou uma turnê mundial em 1886 e fez que com que aumentasse muito o apreço pelos cantos religiosos afro-americanos, apesar de que os interpretava de forma suavizada e europeizada.
No momento em que o Blues começou a tomar forma de embrião, nos anos noventa do século XIX, a canção religiosa afro-americana era já uma tradição mais velha que a própria república: Os informes realizados pelos brancos do século XVIII e XIX nos oferece uma descrição incompleta desta música, mas ao menos nos dizem que muitos elementos característicos da música religiosa negra e dos ofícios estavam firmemente assentados antes da guerra civil. O Reverendo Robert Mallard (interessado, mas ao mesmo tempo surpreendido) pelo espetáculo que observou numa igreja negra de Chattanooga em 1859, escreveu: “Toda a congregação mantinha um forte e monótono canto, interrompido por diferentes sons: gemidos, gritos e bater de palmas”. O reverendo Mallard (cuja concessão mais liberal afirmava: se deve ter em conta, por suposto, a excitabilidade do temperamento negro”) podia ficar mais surpreendido ainda com os espetáculos similares de um século mais tarde.
Os elementos dos ofícios e canções religiosas afro-americanas se mantiveram constantes durante gerações (os salmos lentos descritos por Higginson durante a guerra civil derivavam da prática da citação de versículos, utilizada pelos puritanos ingleses em épocas tão antigas como em 1644 para ensinar os salmos aos analfabetos), mas essa tradição não foi, de nenhuma maneira, insensível às mudanças, foi afetada mais rápida e radicalmente nos últimos cem anos que em qualquer outra época, começando da última década do século XIX co
 m o desafio que as novas igrejas Holiness supunham para as igrejas já consolidadas, Batista e Metodista. Populares e estáticas, as novas igrejas Holiness se estremeciam com os «gritos» e conjuntos de jazz. Antes da primeira guerra mundial, apareceu um tipo de cristianismo empírico com a difusão da idéia pentecostal que dava grande importância a experiência do arrebatamento e ao fato de falar línguas desconhecidas. A diferença entre a música que acompanhou ao Grande Despertar dos anos trinta do século XIX e o Segundo Despertar (com suas reuniões ao ar livre), uns setenta anos mais tarde, é que podemos escutar a música destas convulsões religiosas graças ao invento de Edison de 1877. Certamente, encontramos neste momento, as origens de um estilo musical vibrante que influenciou toda a música contemporânea e as raízes dos primeiros movimentos pentecostais protestantes.
m o desafio que as novas igrejas Holiness supunham para as igrejas já consolidadas, Batista e Metodista. Populares e estáticas, as novas igrejas Holiness se estremeciam com os «gritos» e conjuntos de jazz. Antes da primeira guerra mundial, apareceu um tipo de cristianismo empírico com a difusão da idéia pentecostal que dava grande importância a experiência do arrebatamento e ao fato de falar línguas desconhecidas. A diferença entre a música que acompanhou ao Grande Despertar dos anos trinta do século XIX e o Segundo Despertar (com suas reuniões ao ar livre), uns setenta anos mais tarde, é que podemos escutar a música destas convulsões religiosas graças ao invento de Edison de 1877. Certamente, encontramos neste momento, as origens de um estilo musical vibrante que influenciou toda a música contemporânea e as raízes dos primeiros movimentos pentecostais protestantes.
 
 













