quarta-feira, 5 de setembro de 2007

João Calvino - Instrução na Fé


Instrução na Fé – Princípios para a vida cristã
Escrito em 1537 por João Calvino, em forma de resumo das Institutas da Religião Cristã a pedido de Guilherme Farel. Tem por objetivo fortalecer a Reforma Protestante em andamento naqueles dias, bem como, expor de forma clara e concisa a fé ao povo comum.
O livro está dividido em seis partes germinantes e congruentes. A primeira trata do Conhecimento de Deus e de nós mesmos, sendo que, tal conhecimento pode se dar pelas obras da criação, contudo, por causa do pecado que nos cega, faz-se necessário o estudo da Palavra de Deus para a compreensão verdadeira da criação, providência, bondade, misericórdia e justiça de Deus. O capítulo também mostra que o conhecimento de Deus leva ao conhecimento de nós mesmos como seres criados à imagem e semelhança de Deus, caídos no pecado e sujeitos à ira e a retribuição de Deus. Tal conhecimento revela a nossa miséria e desperta em nós um profundo desejo de Deus.
A segunda parte apresenta a lei de Deus como padrão perfeito de toda a justiça. Calvino faz uma interpretação de cada um destes mandamentos, e dá o resumo da lei apresentado por Jesus Cristo. Conclui o capítulo, afirmando que o que herdamos unicamente da lei é este padrão perfeito da retidão de Deus, sendo que por causa da nossa miséria, somos incapazes de nos salvar. A lei condena, mas é também uma preparação para nos achegarmos a Cristo.
Na terceira parte, Calvino demonstra que compreendemos a Cristo através da fé, sendo estes, os eleitos e predestinados por Deus, doutrina esta que devemos contemplar com confiança. Trata também da verdadeira fé que vai além do simples conhecimento de Deus, sendo uma confiança firme na misericórdia d’Ele prometida no evangelho. Enfatiza ainda, a verdade bíblica de que a fé é dom de Deus, que somos justificados em Cristo pela fé e que também, santificados pela mesma, temos por finalidade obedecer a lei. Calvino liga o arrependimento e a regeneração a fé no nosso Senhor Jesus Cristo. Apresenta a relação entre a justiça das obras e a justiça da fé. O Reformador Genebrino também faz uma exposição do Credo dos Apóstolos o qual chama de “Símbolo da Fé”. Conclui a seção com a afirmação de que a esperança é a expectativa das coisas que a fé creu como sendo verdadeiras promessas de Deus.
A quarta parte trata da oração, sua necessidade e seu sentido. Calvino faz uma exposição da oração ensinada por nosso Senhor Jesus Cristo e conclui com a necessidade de perseverarmos na prática da oração.
Na quinta parte Calvino trata dos sacramentos, batismo e ceia, sinais externos que testemunham da graça de Deus. Explora seus significados e benefícios para nossa vida como meio de graça.
A sexta parte trata da Ordem na Igreja, os pastores, responsáveis pela administração dos sacramentos e pelo ensino, devendo estes resistir àquelas tradições humanas que obscurecem a verdadeira religião. Enfatiza que a igreja deve excomungar aqueles que são abertamente pecadores impenitentes, para o bem dos mesmos e para que a mesma não se contamine. Trata também da sociedade e do magistrado que foi instituído pelo próprio Deus, devendo seus súditos honrá-los e interceder por eles, suportando injustiças da parte dos mesmos, desde que não nos ordenem a fazer algo contra Deus e sua vontade (At .19).
A leitura deste livro é de grande importância para uma introdução e e compreensão do pensamento de João Calvino. Embora resumido no seu conteúdo em relação às Institutas da Religião Cristã, o texto se apresenta com grande profundidade. Não só apresenta a essência

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