domingo, 30 de setembro de 2007

Solidão: tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

“Não é bom que o homem esteja só... ” - Gn 2.18
Você assistiu o filme “O Náufrago”? Esse filme me produz uma profunda inquietação. Sempre me recordo das cenas em que Tom Hanks conversa com Wilson, a bola de voley. Aquele amigo imaginário lhe proporcionou esperanças para continuar lutando pela sobrevivência. Ninguém sobrevive sozinho. Mas, a solidão é a marca de nossos dias: Note como ela se apresenta na nossa vida cotidiana.
As pessoas nunca estiveram tão próximas umas das outras e tão distantes ao mesmo tempo. Observe quanta coisa a gente faz sem ter contato com uma pessoa.: quase todas as operações bancárias (caixa eletrônico); as informações nas grandes lojas são dadas por um terminal de computador. A própria entrada em alguns prédios é feita por um sistema de TV interna - você é visto mas não vê ninguém.
Edward Hopper (1882 - 1967) foi um pintor norte americano cuja obra é marcada por suas misteriosas representações realistas da solidão na conteporaneidade das grandes cidades. Uma de suas obras mais conhecidas, talvez seja “Nighthawks” (Aves da Noite – 1942) que mostra pessoas sentadas em um balcão de um restaurante. O intenso jogo de luz do restaurante contrasta com a noite escura e tranquila do lado de fora. Os clientes, sentados nos bancos ao redor balcão, aparecem isolados, distantes e alienados uns dos outros.
Pense nos grandes condomínios verticais, com centenas de apartamentos, em que as pessoas estão praticamente grudadas umas nas outras - alguém espirra no apartamento ao lado e o outro pode até dizer saúde; mas ao mesmo tempo são completamente estranhos uns aos outros: usam o mesmo elevador, o mesmo hall de entrada, mas nunca se encontram - tão perto... tão longe!
A solidão é essa sensação de ser "deixado de lado", rejeitado, indesejado, mesmo estando cercado de pessoas. A solidão produz um sentimento de vazio e inutilidade, e é considerada uma fonte universal de sofrimento. A solidão é uma fome de amor, fome de relacionamento que precisa ser satisfeita.
Sinceramente falando, você mesmo já não sentiu solidão em sua vida? Saiba que a solidão se apresenta em pelo menos três formas:
A solidão social, relacionada com a fome de ter um amigo, uma companhia com quem se possa repartir os sentimentos, afeições e emoções, etc. Foi esse tipo de solidão que sofreu o primeiro ser humano no mundo, uma vez que não tinha com quem conversar, planejar, sonhar. Essa solidão foi vista por Deus que disse: "Não é bom que o homem esteja só" Gn 2.18
A solidão espiritual é decorrente da separação do homem do Deus Criador. Quando o homem pecou no jardim do Éden e foi expulso do paraíso, a primeira saudade que sentiu foi de Deus.
Tinha uma esposa, tinha o trabalho mas não podia andar com Deus no jardim pelo fim da tarde, como antes. Foi essa fome de comunhão com Deus que levou o homem buscar a face de Deus: "Daí se começou a invocar o nome do Senhor "Gn 4.26"
Ainda temos a solidão cultural. Quando Deus criou o homem, deu-lhe o domínio sobre todas as criaturas da terra, bem como a responsabilidade de cuidar, cultivar e preservar o cosmos, o mundo a sua volta.
Portanto o trabalho é essencial ao ser humano para dar-lhe significado e propósito. Mas quando por incapacidade física ou por limitação de conhecimento ou até mesmo por falta de oportunidade o homem não encontra trabalho, ele não apenas encontra dificuldade em sua sobrevivência física como sofre de solidão existencial.
Enfrentando a solidão: Quem sabe você acessou o meu Blog porque está neste exato momento tentando enfrentar a sua solidão. Portanto, se a sua solidão é social, peça à Deus para que o ajude a encontrar um outro solitário e ofereça-lhe a companhia.
Se a sua solidão é espiritual, Deus diz por meio do Salmista: "Porque se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá" (Sl 27.10) Jesus diz ...aquele que vem a mim jamais o lançarei fora" Jo 6.37"Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" Mt 28.20
Se a sua solidão é cultural quero contar uma estória: Certa vez fizeram uma pergunta a um guarda que morava numa pequena ilha, cuja única função era acender o farol no fim do dia.
Dias, meses, anos, alí, sozinho, acendendo o farol à noite, desligando pela manhã. Então lhe perguntaram o que fazia para suportar aquela solidão tanto tempo, ao que ele respondeu:
- Eu me preparo o dia inteiro para acender o farol, porque há noites em que ele é a única luz para os marinheiros no meio da tempestade. Eles sabem que eu estarei aqui, e se seguirem a luz do meu farol estarão a salvos. Como posso me sentir sozinho quando há tanta gente no mar precisando de mim?
Quem sabe a solidão de muitos está na luz apagada, ou debaixo da mesa. Um coração que não ama a Deus nem tão pouco ao próximo, quanta solidão pode sentir.

2 comentários:

Anônimo disse...

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